quinta-feira, 10 de abril de 2008

Lan House, um bom negócio


Monalisa Perrone, São Paulo


Elas viraram febre entre os adolescentes, principalmente nas grandes cidades. As casas de jogos eletrônicos -- chamadas Lan Houses -- chegam agora também ao interior do Brasil.
A grande mania dos jovens coreanos virou sensação em Ibicaraí, cidade de 28 mil habitantes do sul da Bahia. A única lan house da cidade, aberta menos de um ano, vive cheia.
É um jogo que podemos nos divertir com os colegas", diz um garoto. Atento às demandas do mercado, o dono da casa oferece também uma lanchonete aos frequentadores da loja. É a diversificação. Tendência que chegou primeiro a São Paulo, o estado com maior número de lan houses no Brasil.
Na capital, a concorrência é grande. Um empresário também colocou uma lanchonete, mas o diferencial está no menu. "Temos que manter hamburger, refrigerante, mas hoje trabalhamos com açaís, crepes, uma variedade", diz o empresário Eduardo Aozasa.
A estratégia deu certo. Por semana, a média de ocupação é de 120 pessoas. O negócio que tem feito muito empresário mudar de ramo. "Na verdade eu vim do setor alimentício", conta seu Oswaldo Delfini.
Há tanta gente interessada em abrir casas como essa que existem até empresas especializadas que dão consultoria para esse tipo de estabelecimento. Seu Osvaldo recorreu a elas e, em menos de um ano e meio, já expandiu os negócios. "Comecei com 18 máquinas e depois de nove meses senti necessidade de aumentar", conta.
É que ele apostou no novo filão das lan houses, os bairros de periferia. "Eles têm bastante tempo ocioso", explica a consultora Daniela Cejkinski.
É o que Bruno parece confirmar. Quantas horas por dia você fica aqui dentro?, pergunta a repórter. "Duas horas. Por mês morre na loja 150 reais. Quem paga é meu pai", diz ele.