quarta-feira, 16 de julho de 2008

Fique de olho em seus e-mail´s!!!

E-mail com anúncio de 3ª Guerra Mundial transmite praga na rede
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da Ansa, em Roma
Uma corrente de e-mails está circulando pela internet com anúncios de uma terceira guerra mundial e links falsos de uma mega-invasão dos Estados Unidos ao Irã. Mas, na verdade, redirecionam o internauta a páginas com trojan (cavalo-de-tróia).
Segundo a revista "It News" (usando dados da empresa Sophos), os e-mails ainda estão somente em inglês e têm circulado sobretudo nos Estados Unidos, com o título "Começou a terceira guerra mundial".
"Os piratas virtuais estão aproveitando a contínua busca de notícias na internet por parte dos usuários. As pessoas interessadas em questões do Oriente Médio poderiam se precipitar e abrir os vídeos", explica Graham Cluleym, pesquisador da Sophos.
O texto interno do spam fala sobre uma invasão do Irã por 20 mil soldados norte-americanos e logo em seguida é indicado um link para ver os supostos filmes feitos por militares. Quem efetua o clique ganha de presente um cavalo de tróia, arquivos que, uma vez instalados no computador, abrem as portas para possíveis invasores ou roubo de dados ou senhas

Ciberdependência e seus Riscos!

Apagão de internet revela os riscos da ciberdependência, diz especialista
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ERNANE GUIMARÃES NETOda Folha de S.Paulo
Uma pane no sistema da empresa responsável por 68% das conexões paulistas à internet --provocando, no último dia 3, prejuízos, longas esperas em órgãos públicos e lamento entre usuários de todo o Estado-- pode ser um lembrete de que o indivíduo está demasiadamente dependente da rede.
A Folha ouviu o psicólogo Jean-Charles Nayebi, ex-pesquisador da Universidade de Paris 13, para comentar o caso a partir de sua especialidade: a "ciberdependência" ou vício em internet.
Segundo Nayebi, autor de "La Cyberdépendance en 60 Questions" (A Ciberdependência em 60 Questões, ed. Retz), pelo menos 8% dos mais de 1 bilhão de internautas sofrem do transtorno.
Quanto à sociedade, ele diz que não a considera doente, mas compara a dependência sistêmica da internet --que faz com que serviços básicos deixem de funcionar sem ela-- à incapacidade, devido ao advento da calculadora, de fazer uma simples conta de adição.Leia abaixo trechos da entrevista, concedida por e-mail.
Folha - Podemos falar em "sociedades dependentes"?
Jean-Charles Nayebi - Sou contra a generalização do termo "dependência", que tem um sentido psicopatológico para um cientista como eu. Prefiro "sociedades do excesso", pois o consumo abusivo ou excessivo é certamente problemático, mas diferente da dependência. O futuro do homem na sociedade industrial parece, no entanto, ser um futuro dependente da tecnologia em particular.
Folha - Um Estado que quase pára quando 68% das conexões à internet param de funcionar é um Estado com problemas mentais?
Nayebi - É uma questão de ponto de vista. Se considerarmos que a alienação é um problema mental, deveremos responder afirmativamente.
Mas, se considerarmos que a escolha por "tudo informatizado" é simplesmente a única via de atingir a modernidade, a resposta será mais branda.
Tome-se como exemplo a calculadora. A geração jovem atual nos países que generalizaram o uso da calculadora na escola é certamente muito menos forte em cálculo mental do que a geração precedente.
Hoje, os contadores deixam de trabalhar se há uma pane informática, a administração fica paralisada se há uma perda de conexão, mesmo que seja para entregar um certificado banal!
A perda de uma capacidade corresponde mais a uma "deficiência" que a um "problema mental".
Folha - Para evitar que a internet "coma seus filhos", como o sr. diz, é o caso de restringir a liberdade de uso? Como resolver esse paradoxo?
Nayebi - Não se pode fazer um uso qualquer da liberdade. Ter uma boa "higiene" no consumo da internet não está absolutamente em contradição com sua liberdade de uso.
Folha - Quantos ciberdependentes existem hoje no mundo?
Nayebi - Em 2006, estimávamos o número de internautas em 1,1 bilhão. As previsões para 2011 são de 1,5 bilhão de internautas. Os estudos ocidentais mais concordantes estimam a quantidade de ciberdependentes em 8% dos internautas. Essas estimativas são amplamente revisadas pela alta na Ásia, onde as autoridades evocam cifras que podem atingir até 20%.
Folha - A internet criou mais doenças do que outras inovações revolucionárias, como o rádio e a televisão? Por quê?
Nayebi - Os casos de dependência da televisão ou do rádio são excessivamente raros. Os 'teléfagos' são apenas consumidores excessivos, e não dependentes no sentido psicopatológico do termo.
Ouvir rádio ou assistir à TV são atos passivos em que o papel do utilizador se resume a escolher um canal.
As atividades no computador e na rede são muito mais numerosas e demandam uma vigilância e uma interatividade maior da parte do usuário. O que eleva consideravelmente o potencial vicioso da internet é a interatividade.
Folha - O sr. classifica a ciberdependência em quatro tipos --ciberdependência de jogos, relacional, sexual e ciberacumulação, o vício por colecionar dados-- e acrescenta que os primeiros três são objetos de consulta. Mas não seria o último o mais freqüente?
Nayebi - A ciberacumulação transparece nas consultas de todos os pacientes.
Os compradores patológicos, os tecnófilos apaixonados ("geeks"), os cinéfilos renitentes, os musicófilos loucos pela tecnologia (o "peer-to-peer") passam seu tempo acumulando objetos comprados na net, informações técnicas e tecnológicas sobre o último aparelho da moda, centenas de filmes e músicas pirateadas em transmissões ilegais.
A indústria da estocagem de dados tem bons dias pela frente. O mais estarrecedor é que o ciberacumulador não encontra tempo nem para ver metade do que baixou!
Folha - Em suas manifestações mais amenas e no contexto da "sociedade da informação", a ciberacumulação é um novo etos cultural?
Nayebi - A mutação que nossa sociedade está em via de viver, graças às novas tecnologias da comunicação, é imensamente mais profunda do que parecemos mensurar no momento. A 'sociedade da informação', em termos psicossociais, é a árvore que esconde a floresta da 'sociedade de consumo'.
A angústia do homem moderno está em encontrar os meios de consumir e possuir.
Pouco importa se o filme que se baixa é a versão italiana de um filme japonês que o francês nada compreenderá. Baixamos arquivos porque estão disponíveis e gratuitos, além de ser agradável o fato de constituir uma desobediência à lei que proíbe o download ilegal.
Folha - Os celulares têm mensagens e acesso a internet e são utilizados por cada vez mais crianças. Já representam uma ameaça de ciberdependência relacional?
Nayebi - Eles aumentam o acesso ao objeto de dependência. Hoje tratamos, na Espanha, duas crianças com dependência grave de telefone celular.
Outros problemas como ansiedade e falta de concentração são encontrados mais comumente em pessoas que fazem uso excessivo do celular.
Folha - Uma das questões de "Ciberdependência em 60 Questões" é sobre os tamagotchis (bichos de estimação virtuais). Preocupa que mais pessoas tenham sociabilidade com robôs, ao invés de humanos?
Nayebi - Acho o caso dos tamagotchis bastante preocupante.
O ser humano é capaz de ter afeição por uma máquina que não corresponde. O investimento afetivo torna-se, portanto, pura perda. No caso de crianças pequenas, pudemos notar verdadeira escravidão afetiva, com baixa de rendimento escolar e ansiedade.
Aconselho sempre aos pais recusarem quando a criança pedir um tamagotchi e proporem um animal de verdade no lugar, pois um cão ou um gato correspondem ao afeto da criança e evitam que a criança seja uma "devedora afetiva".
FONTE: FOLHA ONLINE

FaceBook - Falhas Graves Mostra Id do Usuário

da Folha Online
Uma falha no sistema do Facebook exibiu, sem autorização, informações pessoais de 80 milhões de usuários da rede social. De acordo com a empresa de segurança Sophos, a data de nascimento dos internautas ficou visível nesta semana, mesmo entre aqueles que pediram que o dado não fosse exibido.
A Sophos afirma que o erro ocorreu durante testes do novo design das páginas de profile do Facebook, que devem ser lançadas nesta semana. A empresa considera a data de nascimento uma "pepita de ouro" para alguém que queira roubar dados de uma pessoa.
Por isso, a companhia recomenda que os usuários "mintam" sua idade no cadastro de redes sociais. "Meu conselho para usuários do Facebook é que, mesmo que sua data de nascimento esteja selecionada como não-visível, mudem para uma data inventada, caso esse tipo de falha aconteça de novo", afirma Graham Cluley, consultor de tecnologia da empresa, em nota.
Cluley, que postou um vídeo na internet para demostrar a falha, diz que informou o Facebook sobre o assunto e que o problema parece ter sido resolvido. O Facebook se tornou neste ano a rede social mais acessada do mundo, ultrapassando o MySpace, segundo dados da consultoria ComScore.
O crescimento do Facebook está calcado principalmente fora dos Estados Unidos, onde o MySpace ainda é líder.